quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Melhorando a produtividade - O que é que eu tenho a ver com isso?

Melhorando a produtividade.
O que é que eu tenho a ver com isso?
Por Cristian Welsh Miguens – 18 de janeiro de 2016

Parece que melhorar a produtividade é tarefa de economistas e do governo. O empresário fala apenas em eficácia e eficiência (usa os dois termos como se fossem sinônimos e também como sinônimos de produtividade). Basicamente está preocupado em ganhar dinheiro.
Vamos entender:
            - Eficiência: executar uma tarefa de forma correta (fazer bem feito);
            - Eficácia: executar as tarefas necessárias (fazer o que deve ser feito);
          - Produtividade: Eficiência + Eficácia è conseguir mais e melhores resultados usando a menor quantidade de recursos possíveis
Produtividade então tem a ver com produzir e entregar aos clientes produtos e/ou serviços usando a menor quantidade de recursos possíveis e ainda ter lucro. Se você não prestou muita atenção pode concluir que então produtividade é redução de custos ...... É muito mais que isso !!!!! 
Em primeiro lugar vamos abordar a questão da necessidade de estabelecermos o significado de algumas palavras que usamos diariamente sem refletir profundamente se os nossos interlocutores, alvo da nossa comunicação, também dão o mesmo significado a tais palavras. No artigo “Call for Clarity – Why is there no Standardization of Terms in Managerial Sciences?”, Dwight Mihalicz, da Consultoria Effective Managers do Canadá (http://www.effectivemanagers.com/dwight-mihalicz/the-lack-of-standardized-terms-in-managerial-sciences/ ),  nos faz refletir sobre esta questão. Conforme Dwight, termos e palavras que deveriam ser usados de forma uniforme permeando as organizações não possuem um significado padronizado, sendo inclusive trocados como se fossem sinônimos. Esta falta de padronização é uma questão relevante na medida em que dificulta a troca de ideias, sem falar na dificuldade decorrente para a resolução de problemas.
Digamos que fosse um “chef” e que eu desejasse replicar uma receita de outro “chef”. Se não tivesse algum padrão quanto ao que significa uma colher de sopa, uma colher de chá, uma xícara de chá ou 100 gramas, como é que eu conseguiria replicar a receita? A padronização de termos e de medidas é de importância crítica tanto na cozinha, em engenharia, em medicina e em qualquer outra profissão, entretanto, em administração e gestão simplesmente não existe.
Em segundo lugar vamos a analisar a relevância do conceito de produtividade sob o aspecto macroeconômico. Pensem nas condições de vida 10.000 anos atrás, 2.000 anos atrás, 200 anos atrás, 50 anos atrás e hoje. Sem dúvida temos tido progresso, ou seja, as condições de vida são melhores hoje do que em qualquer momento passado. Mesmo com a população crescendo, ou seja, mesmo tendo que produzir produtos e serviços para mais gente, as condições de vida melhoraram. Isto é o que eu chamo de “geração de riqueza”. Hoje em dia se medirmos a quantidade de produtos e serviços produzidos e consumidos por unidade (por cada pessoa, em média) ela é infinitamente maior do que era 200, 500, 2.000 anos atrás. A sociedade tem conseguido gerar riqueza usando melhor para tanto, os recursos a sua disposição, ou seja, melhorando a produtividade. Em outras palavras, só é possível gerar riqueza, gerando progresso, quando melhoramos a produtividade.
É por isso que preocupa tanto aos economistas a estagnação da produtividade brasileira nos últimos anos. A única forma de garantirmos progresso e melhores condições de vida futura é melhorando a produtividade.
Em terceiro lugar devemos encontrar uma forma de medir a produtividade. Por que medir? Quando não temos medição ficam difíceis o diagnóstico e a tomada de decisão para a ação. E qual é a necessidade de precisão da medição? Isto depende do que esteja sendo medido, mas posso dizer que há dois tipos de informação de interesse em qualquer medição: a) a medida absoluta e; b) a evolução e a tendência da medição ao longo do tempo. A primeira é típica das variáveis medidas em engenharia, em laboratórios, em aplicações técnicas em geral. A segunda é sempre importante, pois é através do acompanhamento da evolução da medição que concluímos se há melhorias ou não, se as ações que adotamos estão levando ao resultado esperado. Neste segundo caso, a precisão da medição muitas vezes é menos importante do que a possibilidade de vislumbrarmos a evolução ao longo do tempo.
Os empresários adotam diversos indicadores para medir produtividade, mesmo que não chamem estes indicadores de “produtividade”. Em geral poderemos adotar como indicador de produtividade qualquer um que relacione o resultado obtido com a quantidade de recursos usados. Para nosso propósito, deveríamos relacionar a riqueza gerada e a população economicamente ativa.
Em quarto e último lugar temos que analisar como podemos contribuir para melhorar a produtividade em nossa sociedade, ou seja, devemos responder à pergunta que é o título e objeto deste artigo. Como melhora a produtividade? As melhorias de produtividade são decorrentes da ação tomada por aqueles indivíduos e organizações na sociedade que tem a responsabilidade de produzir e entregar para o consumo bens e serviços. Portanto, se você for empresário, você é responsável por melhorar a produtividade da sociedade, fazendo com que a sua empresa melhore a própria produtividade. Quer dizer que da próxima vez que você ler um jornal ou revista falando da baixa produtividade do Brasil, não pense que não tem nada a ver com isso, tem tudo a ver com isso.
Governos, na sua ação administrativa e de regulamentação, não geram melhorias de produtividade visto que não estão exercendo qualquer atividade produtiva. Entretanto, indiretamente, ao interferir com a eficácia dos instrumentos que eles definem para orientar a atividade produtiva e a convivência em sociedade de pessoas e organizações, criam as condições que podem definir os rumos da evolução da produtividade, tanto para melhor como para pior.
Os empresários por sua vez (incluindo as ações produtivas dos governos, seja na prestação de serviços ou por meio das empresas estatais) avaliam o seu próprio desempenho apenas pela geração ou não de lucros. Visto que é possível auferir lucros sem melhorar a produtividade, quando isso acontece esquecem que eles, empresários, e as organizações comandadas por eles, são o instrumento essencial de geração de riqueza da sociedade, e então deixam de investir as suas energias nas melhorias de produtividade, limitando as suas ações de gestão à procura de meios que lhes permitam ganhar mais dinheiro, mesmo que estas não melhorem a produtividade. Isto explica porque sindicatos patronais e de trabalhadores concentram os seus esforços  em fazer lobby junto a governos e legisladores para obterem privilégios, na forma de proteção (eles chamam de “incentivos”) contra aqueles que eventualmente poderiam oferecer os mesmos produtos e serviços com melhor produtividade. Vemos então como se continuarmos a dar curso à outorga de privilégios desta forma, não há qualquer incentivo para melhorar de forma continuada a produtividade.
Sem dúvida que o conceito de produtividade e o de competitividade estão relacionados, mas isto será tema de outro artigo.
Por enquanto gostaria de enfatizar mais uma vez que é responsabilidade essencial do setor produtivo nacional (organizações que produzem e entregam produtos e serviços à sociedade) melhorar de forma contínua a sua própria produtividade como meio mais eficiente e eficaz de promover o progresso econômico e social. Esta é a sua missão numa economia capitalista. A obtenção de lucro deveria ser apenas uma consequência deste trabalho, significando que a sociedade lhe está premiando por um trabalho bem feito.

Mais sobre este e outros assuntos em http://criswelmig.blogspot.com.br  
Este e outros assuntos de interesse são abordados sob o ponto de vista de como um Consultor pode auxiliar os empresários no Curso de Desenvolvimento de Consultores de Organização do IBCO www.ibco.org.br . 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Fiquei sem emprego!! Posso me tornar um Consultor?


 A economia Brasileira finalmente entrou em recessão. O setor industrial foi o primeiro a sentir a crise, já há mais de dois anos, e agora todos os setores, comércio, serviços, etc. se somam àqueles que começam a adequar a sua força de trabalho à nova realidade.
Queda no consumo, aumento da inflação, queda do PIB, aumento do desemprego, déficit na balança comercial e nas transações correntes são indicadores macroeconômicos que espelham o tamanho da crise.
Se você está procurando alternativas para o seu futuro e tem experiência de técnica e de gestão certamente está pensando ou está ouvindo sugestões para iniciar atividades como consultor. E ai você pensa – “por que não? O que será que preciso para me tornar um consultor?” - . Se você for de fato um gestor experiente, também sabe que consultores não gozam de muito boa fama e então fica em dúvida: o que é que eu preciso para me tornar um bom consultor.
O erro mais comum é o de imaginar que tendo competência técnica será capaz de auxiliar a resolver problemas de outras empresas. Mas, pense o seguinte: quando você era executivo, você tinha poder, você decidia. Como consultor, quem é que tem autoridade para implantar as soluções que você sugere?
Se a resposta for “Não serei eu”, então a próxima pergunta será: “que competências eu preciso desenvolver para poder exercer corretamente essa nova função?”
Há ainda mais uma pergunta a responder: você quer ser consultor apenas enquanto procura por um novo emprego ou pretende exercer a profissão permanentemente? Nesse caso, o que preciso fazer para me tornar um consultor profissional?

Estas e outras perguntas que podem lhe ajudar a tomar a melhor decisão para a sua vida futura podem ter resposta no Curso de Desenvolvimento de Competências do Consultor de Organização. A postura do Consultor com “C” maiúscula, profissional, o seu poder de influência, como vender, como definir preço, quais os limites de atuação, a postura ética, em que mercado está entrando, qual o seu tamanho, como é a concorrência, qual a relevância na economia Brasileira, como divulgar, como é no resto do mundo, etc. Estas e muitas outras questões são discutidas em um ambiente de alto profissionalismo, sério e com base em casos reais, contando com uma base teórica e um “frame” de profissionalismo fornecido pela única entidade que se propôs a desenvolver padrões internacionais de consultoria, o ICMCI – The International Council of Management Consulting Institutes, reconhecido pela ONU, representado no Brasil pelo IBCO, que administra em seu nome a única Certificação em Consultoria de Organização reconhecida internacionalmente em mais de 50 países.

Sócio Diretor da IRON Consultoria